O curioso baiacu-limão tem dois padrões de cores

O baiacu-da-Guiné (Arothron meleagris), comumente conhecido como baiacu-dourado ou baiacu-limão, não é muito diferente dos outros peixes-globo, que se inflam de água ou ar e ficam maiores expondo os dentículos maciços quando estão assustados e amedrontados. Seu diferencial é que ele exibe uma mistura de duas morfologias com manchas amarelas brilhantes e manchas pretas e, às vezes, uma mistura das duas. Assim como as outras espécies de baiacu, ele também tem a capacidade de criar e armazenar toxinas como tetrodotoxina e saxitoxina em seu fígado, gônadas e pele.

O nível de toxicidade do baiacu-limão difere dependendo da estação e da localização geográfica em que está localizado. Além disso, entre os membros da família de tetradontídeos, o baiacu-da-Guinè possui os menores genomas de vertebrados já descobertos.

Ele é um terrível nadados e depende de outras formas de defesa, como escamas modificadas, inflar com água ou gás e a tetrodotoxina. Sua habilidade de inchar é possível através da ingestão rápida de água em um estômago distensível, que estica sua pele elástica e promove a ereção de pequenos espínulos.

O resultado é uma bola espinhosa que tem até 3-4 vezes o volume de repouso do peixe, tornando-os difíceis de serem ingeridos por seus predadores. Os espinhos também defendem o baicau-limão dissuadindo as tentativas de predação, reduzindo o sucesso da captura ou dificultando a ingestão do peixe pelo predador.

Eles também utilizam o mecanismo de defesa contra toxicidade da tetrodotoxina, uma neurotoxina mortal que atua inibindo os potenciais de ação nas células nervosas e musculares, resultando em rápido enfraquecimento e paralisia dos músculos, incluindo os do trato respiratório, o que pode levar à parada respiratória e à morte. Essa toxina se acumula no fígado e nos ovários de espécies marinhas de baiacu.

A tetrodotoxina é produzido por uma bactéria endossimbiótica que é consumida pelos baiacus e se bioacumula. Espécies que contêm a neurotoxina são resistentes aos efeitos neurológicos dela e podem usá-la como defesa química contra predadores.

O Arothron meleagris é altamente abundante no Oceano Índico e nos recifes do Oceano Pacífico oriental enquanto é menos comum nos recifes rochosos do Pacífico oriental.

Fora de seus habitats naturais, pode ser encontrado em empresas de aquarismo, bem como em lojas de varejo, isso porque é considerado um produto de alto preço no comércio de aquários marinhos, sobretudo o limão.