De fato, as línguas das cobras tem mais função olfativa reunindo aromas para dar à elas uma noção de seu ambiente. Então, se a língua não pode ajudar uma cobra a obter água, o que pode? Por um tempo, acreditamos que as cobras simplesmente sugavam a água por um pequeno orifício em suas bocas.
Pense nisso como uma espécie de canudo embutido em um método chamado de modelo de bomba bucal, utilizado principalmente pelas jibóias, é realizado alternando a pressão negativa e positiva em suas cavidades orais para fazer um fluxo de água.
Com este método elas devem abaixar suas mandíbulas, criando pressão negativa para puxar a água e, em seguida, fecham suas bocas na lateral para criar pressão positiva e empurrar a água para o resto de seus corpos.
Um estudo de 2012 publicado no Journal of Experimental Zoology desmascarou essa suposição particular, pelo menos em relação a algumas espécies de cobras. O processo de selamento da boca, tão importante para o modelo da bomba bucal, nem sempre foi encontrado nas cobras, deixando no ar a questão de como as cobras consumiam água. A vedação da boca, descobriu-se, foi incidental em todo o processo.
- "Uma coisa que não se encaixava no modelo era que essas espécies não fechavam os lados da boca", explicou David Cundall, biólogo da Universidade Lehigh, na Pensilvânia, em um comunicado divulgado pela universidade. - "A partir daí, demorei muito para perceber que a anatomia do sistema e o revestimento da mandíbula sugeriam um modelo de esponja."
Sim, um modelo de esponja. Acontece que muitas espécies movem a água pela boca graças às propriedades esponjosas de sua mandíbula inferior.
Quando as cobras abrem a boca para comer, elas desdobram muitos tecidos moles, de acordo com David, e a dobra desse tecido mole cria uma série de tubos semelhantes a esponjas pelos quais a água flui. A ação muscular então força a água para dentro do intestino da cobra.
David e sua equipe usaram vídeos sincronizados e gravações eletromiográficas da atividade muscular em várias espécies e gravações de pressão nas mandíbulas e esôfago para chegar a essa conclusão.
Ao estudar os dados cinemáticos e os dados de desempenho, combinados com a atividade muscular e os registros de pressão ao beber, David e sua equipe foram capazes de determinar que a água poderia ser movida por meio de propriedades esponjosas da mandíbula inferior.
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