Como são feitos os lendários trompetes Bach?

O alemão Vinzenz Schrottenbach teve que se incorporar ao exército quatro vezes e em todas elas ele serviu como cornetista ou trompetista das bandas marciais. Vinzenz desejava ser músico, mas essa carreira não era apoiada pela família abastada. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, ele estava na Inglaterra e foi forçado a fugir para os Estados Unidos para escapar da detenção como estrangeiro inimigo. Já como Vincent Bach começou uma carreira de trompetista solo, carreira essa interrompida por mais um período de serviço militar obrigatório, desta vez no exército dos Estados Unidos como músico.

Enquanto Vincent estava em turnê em Pittsburgh em 1918, um reparador destruiu seu bocal e ele começou a fazer experiências com reparo e fabricação de bocais, porque não encontrava bons profissionais. Vincent comprou um torno operado com o pé por US$ 300 e começou a produzir boquilhas nos fundos de uma loja de música em Nova York.

No entanto, ali seu trabalho não era apreciado e então ele abriu sua loja do outro lado da rua do sindicato dos músicos e publicou um anúncio que dizia "Como se tornar um mago na corneta sem praticar" e acumulou muitos pedidos em pouco tempo e iniciou sua carreira como fabricante de trompetes. Assim, em 1918, nascia a Vincent Bach Corporation, a fabricante norte-americana conhecidas por fazer os melhores instrumentos de sopro do mundo

O canal do Youtube ParsonsMusicLTDMedia compartilhou um fascinante tour visual mostrando como os lendários trompetes Bach são feitos. O vídeo mostra como cada trompete é cuidadosamente moldado de maneira adequada a tal instrumento. Por essas e outras os instrumentos Bach alcançaram a reputação de qualidade que Vincent aspirava com o nome e tornaram-se amplamente utilizados. Mas eles custam verdadeiras fortunas. Um trompete Bach de gama média custa em torno de 18 mil reais.

Em 1961, aos 71 anos de idade, Vincent vendeu sua empresa para a corporação Conn-Selmer -com a qual tinha uma cooperação de longa data-, embora algumas das outras 13 propostas que recebeu fossem mais altas. Após a venda da empresa, Vincent permaneceu como pesquisador de instrumentos, continuando a trabalhar até pelo menos 1974. Ele morreu em 8 de janeiro de 1976 em Nova York.