Os três filhotes de leão asiático do Zoológico de Londres foram fotografados dando os primeiros passos ao ar livre com a mãe Arya esta semana. Os filhotes de 8 semanas pareciam hesitantes no início, olhando para a mãe em busca de segurança, mas logo foram vistos pulando em seu habitat de inspiração indiana, perseguindo uns aos outros e brincando com o rabo da mãe. Os filhotes, nascidos em 13 de março de 2024, até agora passaram o tempo aconchegados em suas tocas internas especiais com a mãe. |
O trio ainda não foi sexado, e isso acontecerá durante o primeiro exame de saúde no final deste mês. Desde os primeiros momentos de amamentação até às travessuras lúdicas dentro da toca, cada desenvolvimento foi monitorado de perto pelos tratadores do zoo e capturado na câmera ao vivo do jardim zoológico.
Eles fizeram o check-up de dez semanas, que incluiu vacinas e microchip. O exame nos dá uma ideia do tamanho real de um filhote de leão de dez semanas. Embora os leões-asiáticos sejam menores que os leões-africanos, esses filhotes são enormes.
O leão-asiático (Panthera leo leo) é uma subespécie de leão ameaçada de extinção que vive em uma pequena área da Índia, mas já viveu em todo o Oriente Médio.
De fato, o leão-asiático é um dos 5 grandes felinos que habitam a Índia atualmente, junto com o tigre-de-bengala, o leopardo-das-neves, o leopardo-nebuloso e o leopardo-indiano. Ao contrário do tigre, que prefere as florestas densas, o leão-asiático habita as florestas de folha caduca.
Os três filhotes são um acréscimo importante ao programa de reprodução conservacionista, que salvaguarda uma população saudável de espécies criticamente ameaçadas. Sobrevivendo apenas na Floresta Gir, em Gujarat, na Índia, seu último habitat natural remanescente, a população selvagem é particularmente vulnerável a doenças ou desastres naturais. Estimativas populacionais recentes sugerem que apenas 600 a 700 indivíduos permanecem na natureza.
Esta pequena população sobrevive em um pequeno pedaço de floresta onde uma epidemia de doenças ou um incêndio florestal podem exterminá-los para sempre. Proteger os leões-de-Gir restantes é crucial para permitir o crescimento da população e garantir a sobrevivência desta espécie insubstituível.
A Floresta de Gir de Saurashtra, uma área de 1.412,1 km2 foi declarada como santuário para a conservação do leão-asiático em 1965. Este santuário e as áreas circundantes são os únicos habitats que sustentam o animal.
Depois de 1965, um parque nacional foi estabelecido cobrindo uma área de 258,71 km2 onde a atividade humana não é permitida. No santuário circundante, apenas o povo maldhari, nativo da região, têm o direito de levar o seu gado para pastar.
Felizmente, a caça furtiva não é atualmente um problema na Índia com leis mais estritas que hoje levam à cadeia quem atente contra a fauna nativa. O Parque Nacional da Floresta de Gir também tem guardas florestais dedicados e qualificados, mas é sempre uma preocupação potencial com uma vida selvagem tão preciosa.
A Sociedade Zoológica de Londres (SZL), uma instituição de caridade dedicada à conservação mundial dos animais e dos seus habitats, trabalha com os guardas-florestais do Gir para implementar um novo sistema de monitoramento baseado em patrulhas para fornecer aos funcionários dados mais claros e científicos sobre o que está acontecendo na área protegida, ajudando a identificar ameaças e monitorar atividades dos 600 animais.
Por isso os leões-asiáticos no Jardim Zoológico de Londres fazem parte de um programa de reprodução para garantir que exista uma população de reserva, porque a população da Floresta Gir continua sob ameaça e cada nova chegada é vital. A abordagem multifacetada de conservação visa superar essas ameaças e criar rotas de recuperação para estes animais incríveis.
A SZL também financia a Zoológico Sakkarbaug, em Gujarat, que é o lar de quase 50 leões asiáticos, uma importante população reprodutora de conservação. Os tratadores e veterinários deste zoológico compartilham as melhores práticas em cuidados e criação desses animais, que ajudam a impulsionar a recuperação da espécie.
Ainda que hoje o tamanho deste leões costume ser menos que o africano, na antiguidade eles eram verdadeiros monstros. O comprimento total recorde confirmado de um leão-asiático macho é de 2,92 metros, mas o imperador mogol Jahangir supostamente criava um leão na década de 1620 que media 3,20 metros e pesava 306 kg.
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