Os bebedouros em Roma são tão essenciais quanto os muitos monumentos da cidade. Com cerca de 90 centímetros de altura, essas estruturas cilíndricas de ferro fundido de 90 kg com um bico longo e curvo podem ser encontradas em todas as praças e esquinas da cidade, de fato, a cidade tem no total 2.800 deles. Ele é conhecido como nasone, que significa "narigão", porque dizem que se assemelha a um. A água gelada que flui perpetuamente desses nasoni é levada para a metrópole do Lago Bracciano, a 30 quilômetros de distância, por um longo aqueduto construído pelos antigos romanos. |
Naquela época, Roma tinha nove aquedutos que alimentavam 39 fontes monumentais e 591 bacias públicas, sem contar a água fornecida à casa imperial, banhos e proprietários de vilas privadas. Após a queda dos romanos, os aquedutos caíram em desuso e ruíram. Eles foram restaurados apenas durante os séculos XVII e XVIII.
Os bebedouros modernos foram instalados na década de 1870, originalmente para fornecer água potável limpa e de fácil acesso aos mercados de rua que vendiam frutas e vegetais, flores, peixes e carnes.
Os comerciantes de mercado em lugares como Campo de Fiori, uma praça no centro histórico da cidade, ainda usam as fontes diariamente.
Eles são uma dádiva para turistas e moradores locais durante os meses de verão, quando a temperatura supera os 35 graus. Cada nasone tem um pequeno furo na parte superior, então basta bloquear o bico com o dedo e um fino jato de água sairá do furo, o que significa que não é necessário abaixar tanto para beber.
O narigão dispensa água dia e noite, o que pode parecer um desperdício, mas a água não utilizada é reciclada e a maior parte dela é usada para regar jardins, limpar fábricas e outros fins não potáveis. Além disso, a água fluindo constantemente evita que a água nos canos fique estagnada, o que poderia permitir a proliferação de bactérias.
No entanto, em 2017, quando uma severa seca atingiu a Itália, as fontes tiveram que ser desligadas resultando em uma grande "choradeira". Segundo uma organização de defesa dos direitos dos consumidores, os narigões representam apenas 1% da água desperdiçada em Roma, contra 50% causados por vazamentos nas tubulações.
Só para se ter a ideia de como estas fonte são tão emblemáticas em Roma quanto o Coliseu, em 2012 prefeitura criou dois mapas on-line com suas localizações para que um turista não tivesse que ficar vagando atrás delas. Ademais, a água de todos os narigões é testada pelo menos uma vez por dia para verificar a sua pureza.
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