Em todo o mundo, as mulheres tem uma expectativa de vida maior que a dos homens e os cientistas listam vários motivos, incluindo: os homens são mais propensos a fumar, beber álcool e usar drogas; são mais propensos a serem expostos a riscos ambientais e ocupacionais; apresentam maiores taxas de condições crônicas, como doenças cardíacas e câncer; tendem a evitar assistência médica com mais frequência do que as mulheres; têm uma taxa de suicídio maior que mulheres, entre outros. Enquanto tudo isso tenha sua parcela de verdade, não conta toda a história. |
Um grande motivo pelo qual os machos vivem menos que as fêmeas pode estar escondido nos cromossomos que ajudam a determinar o sexo em primeiro lugar. Em muitas espécies, os machos são mais agressivos e correm mais riscos, então você pode esperar que eles morram primeiro e em muitas espécies, como os humanos, eles realmente morrem.
Mas os machos nem sempre são mais agressivos, e o sexo mais agressivo nem sempre morre primeiro. Quando você olha para o reino animal, os animais que morrem mais cedo, independentemente do sexo, têm algo mais em comum: eles têm um pequeno cromossomo sexual. Os cromossomos sexuais geralmente vêm em dois tamanhos, grande e pequeno; parte do que determina o sexo de um indivíduo é a combinação de tamanhos que eles herdam.
Em mamíferos como os humanos, as fêmeas herdam dois grandes cromossomos sexuais, enquanto os machos herdam um grande e um pequeno. Mas em pássaros, borboletas e alguns répteis e anfíbios, o oposto é verdadeiro: os machos têm dois grandes, enquanto as fêmeas têm um grande e um pequeno. Na maioria dos casos, o sexo com o cromossomo pequeno tende a morrer primeiro, independentemente de serem machos ou fêmeas.
Há duas explicações possíveis para o porquê dessa tendência existir: uma é que ter mais cromossomos sexuais grandes é melhor, e a outra é que ter um cromossomo sexual pequeno é pior. Ter mais cromossomos sexuais grandes pode ser melhor porque os cromossomos grandes têm muitos genes e 800 deles codificam muitas coisas não relacionadas ao sexo: da visão de cores à cicatrização adequada de feridas e à função muscular.
Alguém com dois cromossomos grandes tem duas cópias de cada um desses genes. Então, se um cromossomo grande carrega uma mutação prejudicial, o outro provavelmente tem uma versão funcional do gene. Mas alguém com apenas um cromossomo grande tem apenas uma cópia de todos esses genes, ou seja, eles não têm cópias de backup caso alguma coisa dê errado.
É por isso que daltonismo, hemofilia e distrofia muscular são muito mais comuns em homens. Embora possa haver uma vantagem em ter dois cromossomos sexuais grandes, também há evidências de que há uma desvantagem em ter um cromossomo pequeno. Cromossomos pequenos são particularmente vulneráveis a genes virais maliciosos chamados transposons, que podem desencadear muitas mutações prejudiciais em genes em outros cromossomos.
Portanto, ter um cromossomo sexual pequeno pode colocar uma criatura em risco de uma vida mais curta. Essas hipóteses, de que cromossomos grandes são benéficos e cromossomos pequenos são prejudiciais, não são mutuamente exclusivas. É provável que ambas sejam verdadeiras. Os cientistas ainda estão debatendo como esses processos interagem e quão grande é o papel que desempenham na expectativa de vida dos animais em comparação com outros fatores.
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