A sensação de saciedade é iniciada quando a comida desce da sua boca para o seu esôfago. Uma vez que ela atinge o seu estômago, o espaço é gradualmente preenchido. Isso causa a distensão da parede muscular ao redor, expandindo-se lentamente como um balão. Um monte de nervos envoltos intricadamente pela parede estomacal percebe a distensão. Eles se comunicam com o nervo vago até o tronco cerebral e hipotálamo, partes principais do cérebro que controlam a ingestão alimentar.
Mas isso é apenas um modo que seu cérebro usa para sensação de saciedade. Afinal de contas, se você encher seu estômago com água, você não se sentirá satisfeito por muito tempo. Seu cérebro também leva em consideração transmissores químicos na forma de hormônios produzidos pelas células endócrinas através do sistema digestivo.
Estes reagem à presença de determinados nutrientes nas vísceras e no sangue, que aumentam gradualmente à medida que você ingere o seu alimento. Conforme os hormônios são liberados, eles correm pelo sangue e por fim, chegam ao hipotálamo no cérebro. Mais de 20 hormônios gastrointestinais participam da regulação do nosso apetite.
Um exemplo é a colecistoquinina, produzida por células no duodeno em resposta à comida. Quando ela atinge o hipotálamo, provoca a redução da sensação de recompensa que você tem quando come. Quando isso ocorre, a sensação de saciedade começa a manifestar-se e você para de comer. A colecistoquinina também diminui o movimento da comida do estômago para os intestinos.
Isso faz com que o estômago se dilate mais por um período de tempo, permitindo ao seu organismo perceber que você está se enchendo. Isso parece ser o porquê de você se sentir de fato mais cheio quando come devagar, comparado a quando você consome sua comida à velocidade da luz. Quando você come rápido, seu corpo não tem tempo de identificar em que estado está.
Uma vez que os nutrientes e hormônios gastrointestinais estão no sangue, eles induzem o pâncreas a liberar insulina. A insulina estimula as células adiposas a criarem outro hormônio, a leptina. A leptina reage com receptores nos agrupamentos de neurônios no hipotálamo. O hipotálamo tem dois grupos de neurônios essenciais na nossa sensação de fome.
Um grupo produz a sensação de fome pela produção e liberação de certas proteínas. O outro grupo inibe a fome através do seu próprio grupo de substâncias. A leptina inibe os neurônios do hipotálamo que levam à ingestão de alimento e estimula os neurônios que a inibem. Nesse ponto, seu corpo atingiu saciedade plena.
Pela constante troca de informações entre os hormônios, o nervo vago, o tronco cerebral e as diferentes partes do hipotálamo, seu cérebro recebe o sinal de que você comeu o suficiente. Pesquisadores descobriram que algumas comidas produzem uma sensação mais duradoura de saciedade do que outras. Por exemplo, batatas-doce cozidas são classificadas como umas das comidas mais saciadoras, enquanto croissants são particularmente pouco satisfatórios.
No geral, comidas com mais proteínas, fibras e água tratam de manter a fome afastada por mais tempo. Mas a sensação de saciedade não irá durar para sempre. Após algumas horas, sua barriga e seu cérebro começam a conversar de novo. Seu estômago vazio produz outros hormônios, como grelina, que aumenta a atividade de células nervosas que causam fome no hipotálamo.
Por fim, a fera que ronca de fome é despertada de novo. Felizmente, há um antídoto certeiro para isso.
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