![]() | A alimentação pode causar infecção quando os alimentos estão contaminados por microrganismos, como bactérias, vírus, fungos, parasitas, príons e toxinas. A contaminação pode ocorrer por armazenamento inadequado, manuseio incorreto, prazo de validade, contaminação por produtos químicos, como agrotóxicos ou toxinas naturais, como as presentes em algas, peixes e cogumelos. A intoxicação alimentar humana geralmente dura de um a 10 dias e pode matar. |

Se um alimento contaminado pode causar tanto estrago, como a carne podre não prejudica o organismo dos necrófagos e carniceiros? Carne podre é hospedeira de algumas das toxinas mais letais do mundo... e ainda assim alguns animais regularmente ingerem essas coisas sem ficarem doentes.
Quando um organismo morre, suas defesas naturais falham e pequenos decompositores começam a atacá-lo em apenas 5 minutos. Para deter carnívoros maiores que buscam alimento, um banquete de micróbios produz toxinas, como antraz e toxina botulínica em pequenas doses, que são fatais para a maioria dos animais.
Entretanto, animais carniceiros mergulham fundo na carne morta sem sofrerem e apenas agora estamos começando a compreender como eles fazem isso.
O controle de qualidade é uma das mais novas linhas de defesa. Lobos e raposas são conhecidos por não gostarem de carcaças de animais mortos e preferirem presas abatidas por outros predadores.
No entanto, não está claro como eles conseguem perceber a diferença. E, apesar da reputação, as hienas preferem jantar carne fresca, minimizando o contato com micróbios, desde que a oferta seja grande.
Mas algumas vezes, carne apodrecida é o único item no menu. E alguns carniceiros como besouros e abutres, atualmente buscam carniça porque é mais fácil detectar, acessar e defender.
Para combater os microorganismos patogênicos presentes nessas refeições, os besouros borrifam as carcaças com uma substância antimicrobiana antes de comerem. Outros carniceiros preferem um antibiótico após o jantar. Abutres destroem os micróbios com um suco gástrico dez vezes mais ácido que o nosso, e potente o suficiente para corroer o aço.
Mas, alguns patógenos, incluindo aqueles que causam botulismo e tétano, conseguem sobreviver a esse caldeirão cáustico e prosperar no intestino dos animais. Não temos certeza de como os abutres sobrevivem a essas exposições tóxicas, mas sabemos que a cada encontro, seu sistema imune produz mais e mais anticorpos, construindo uma resistência mais efetiva contra toxinas, ou seja, quando mais comem, mais resistentes se tornam.
Socializar também pode dar aos necrófagos um impulso no sistema imunológico. Hienas e leões, por exemplo, provavelmente passam pequenas doses de germes unas aos outros, quando se limpam, comem e competem, o que ajuda a construir um grupo amplo imune a toxinas como o antraz.
Do mesmo modo, nós humanos estabelecemos nossa própria herança imunológica através da exposição controlada a doenças, como meningite e sarampo, conhecida como vacinação.
Mas nós ainda precisamos combater a toxina botulínica e o antraz. Então, talvez possamos obter alguma dicas dos animais carniceiros. Afinal de contas, temos mais em comum com eles do que podemos admitir.
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