10 dados que provavelmente não sabia sobre a relação mulheres e pornô

O mito de que as mulheres não gostam e nem veem pornô deve desaparecer. E enquanto a cultura machista acha que o pornô é algo que pode ser considerado um demérito à qualidade da mulher, as mulheres que trabalham na indústria refletem outra perspectiva. Ainda que a relação das mulheres com a indústria para adultos seja menos óbvia do que parece a simples vista: o pornô é algo que todos desfrutamos. Aqui alguns exemplos.

1. As mulheres vêem pornô
   Tão simples quanto isso: a pornografia, especificamente na Internet, não está dirigida somente para o público masculino. Os hábitos de consumo de pornô são variados: sozinhos, em casal, como entretenimento, como "inspiração", todo internauta já topou alguma vez com uma imagem ou vídeo onde passa precisamente isso que estás pensando. Livros como "Cinquenta tons de cinza" também contribuíram a que as mulheres se acerquem desta fascinante indústria.
   
   
2. As mulheres não pagam por pornô
   Segundo CCBill, um serviço que administra os pagamentos em páginas para adultos, apenas 2% de todas as assinaturas a páginas pornográficas são realizados com cartões de crédito com nome de mulher. De fato a CCBill em ocasiões presta muita atenção a este tipo de cartões, pois pode tratar de algum adolescente que roubou o cartão de crédito de sua mãe, ou de uma esposa que está furiosa de que seu marido tenha baixado Karate Chicks 4.
   
   
3. O pornô está entre nós mais do que supomos
   Só que em outras formas. Os arqueólogos descobriram desenhos que mostram atos sexuais em cavernas que datam do ano 10 mil antes de nossa era. A história da arte, tanto no Oriente como no Ocidente está cheia de exemplos onde os artistas mostram conteúdo sexual graficamente. A diferença é somente que estas representações sobre as relações sexuais foram evoluindo simultaneamente a tecnologia. Por isso, o que começou como um rabisco com pintura e pedra hoje pode ser visto em full HD.
   
   
4. As estrelas pornô têm maior autoestima que você
   O estereotipo que conta que as estrelas femininas do pornô tiveram uma vida de abusos e que o mercado as trata como carne ou objetos descartáveis está bem longe da verdade. Segundo o Journal of Sex Research as estrelas de seus filmes favoritos têm alta autoestima, são mais espirituais e aceitam seus corpos melhor do que outras mulheres. O estudo mostra ademais que 67% se identifica como bissexual, começaram a ter relações mais jovens (entre os 15 e 17 anos), têm mais casais sexuais que as mulheres fora da indústria (sem incluir seus colegas de trabalho), desfrutam mais do sexo e se preocupam e protegem ativamente para não contrair DSTs.
   
   
5. A imagem da típica da estrela pornô
   Pensa em sua estrela pornô favorita. É loira, com seios gigantes? Branca, morena, asiática, com negligê ou com vestimenta sadomasoquista? Segundo um estudo feito entre 10 mil trabalhadores da indústria para adultos, a imagem da típica da estrela pornô é castanha, sutiã 34B e meio baixinha de estatura, e provavelmente se chama Nikki Lee. O estereotipo da loira voluptuosa é precisamente isso, um estereotipo.
   
   
6. Os papéis femininos mais populares
   O estudo anterior também se fixou em que tipo de papéis são mais usuais na indústria. Para surpresa de poucos, a categoria "teen" aparece em primeiro lugar, com 1.966 filmes; MILF (a categoria de damas maduras) em segundo, com 954, enquanto o terceiro é, curiosamente "wife" (esposa) com 499 títulos. Curioso este último porque encarna a fantasia do sexo de chifrudos, de modo que as narrativas no pornô talvez não sejam tão insignificantes quanto pensávamos, e nem sempre se trata de um entregador de pizzas com "salsicha extra".
   
   
7. O que elas querem
   Sobre os hábitos de consumo de pornô nas mulheres, poderíamos dizer que são tão diversos quanto os dos homens, mas há algumas coisas que parecem não interessar tanto, especificamente (para decepção de muitos) os excessos acima do pescoço e a sobreatuação (as mulheres parecem gostar mais da naturalidade). Também não parecem entusiasmar-se muito se a cena não tiver uma base narrativa, bem como aquele que vai "direto ao finalmente", confirmando as três regras de ouro das relações sexuais: preliminar, preliminar, preliminar. Mas fica claro que as mulheres que vêem pornô não buscam precisamente softcore do canal Playboy: a diretora de filmes pornô Candida Royalle, especialista em hardcore para a audiência feminina, vende em torno de 10 mil cópias ao mês.
   
   
8. As mulheres na indústria ganham bem mais dinheiro
   Como se tratasse de uma vingança contra o esquema patriarcal do trabalho, as mulheres na indústria para adultos costumam ganhar entre 1.200 e 2000 reais por cena, enquanto seus colegas masculinos ganham ao redor de 300 reais.
   
   
9. As mulheres se excitam facilmente
   Um estudo realizado em 2008 no New York Times descobriu que as mulheres mostravam sinais de excitação física ao ver imagens de quase qualquer coisa: masturbação, sexo heterossexual, lésbico, e inclusive imagens de arquivo sobre chimpanzés acasalando-se. Que é precisamente aquilo que não sobe a temperatura na mulher média? Imagens de homens nus. Mas de maneira significativa, o estudo mostrou também que havia uma marcada desconexão entre o que acontecia em seus corpos e o que passava em seus cérebros: apesar de que tinha sinais físicos de excitação, as mulheres não costumam ser conscientes disso.
   
   
10. Que pornô recomendarias a sua amiga?
    Se a pergunta parece incômoda ou simplesmente inverossímil, basta levar em conta que inclusive a Oprah Winfrey incluiu recomendações de entretenimento adulto em seus sites. Webs como SugarDVD.com ou GreenCine.com têm recomendações feitas para aquelas que não sabem onde começar a buscar para entrar no fascinante mundo do pornô.
    
    De todas as formas, se ainda acredita que este mundinho é um clube do bolinha, pergunte a alguém, alguma amiga se ela realmente não vê pornô. Sem dúvida será uma conversa interessante.

Fonte: Alternet.

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