Noiva apresenta «diploma de pureza» para o pai para provar que seu hímen está intacto

Vamos admitir: a virgindade antes do casamento é rara hoje em dia. Com as influências advindas da televisão, mídia impressa e plataformas on-line, é bastante comum que os jovens desenvolvam maior curiosidade de experimentar coisas novas, entre elas o sexo. No entanto, ainda existem algumas pessoas que optam por esperar até o casamento antes de finalmente se doar por completo aos seus cônjuges. Tome Brelyn Bowman por exemplo. Ela casou no último 10 de outubro e fez um ato muito incomum durante esse dia especial: apresentou um "Certificado de Pureza" para seu pai.

No seu casamento, Brelyn apresentou o referido diploma com uma avaliação de seu ginecologista de que seu hímen permanecia intacto. Seu pai, o pastor Mike Freeman, disse que ficou surpreso por sua filha ter apresentado o certificado de virgindade, mas confessa que ficou muito feliz.

Ele lembrou que suas duas filhas e um filho fizeram uma promessa de se resguardarem para o casamento. As duas meninas foram capazes de manter essa promessa -a irmã de Brelyn também apresentou o mesmo certificado durante seu casamento-, mas o varão da família não conseguiu resistir a tentação e violou o pacto.

A reação dos usuários das redes sociais é mista: alguns criticaram a decisão de Mike em manter padrões medievais relativos à sexualidade das mulheres. Comentadores trocam farpas no perfil do seu Instagram:

- "A virgindade de uma mulher é seu bem mais precioso. Formação acadêmica? Carreira Profissional? Essas coisas não fazem sentido se você já andou pulando a cerca", disse uma mulher.

- "Nosso valor como pessoa não tem nada a ver com um pedado de carne mijada ou quantas pessoas você teve relações sexuais. Para que pai dela precisa de um certificado de virgindade? Será que ele a apedrejaria até a morte do contrário?", respondeu outra muito brava

- "As mulheres que não são virgens na noite de núpcias não são impuras, contaminadas, ou qualquer outra palavra que você gostaria de usar para isso. Mas também não podemos ir contra o que eles querem acreditar que é melhor para eles", contemporizou outro.

Mas geralmente o feedback foi bastante negativo, pese que a noiva também tenha recebido elogios. Alguns disseram que a decisão parece ser muito significativo para eles e que isso já era o bastante para que as pessoas respeitassem a sua atitude.

Eu penso realmente que não dá para condenar a noiva pelo o ela fez em seu casamento, porque ela foi criada em um lar opressor e por um pai ignorante sobre a sexualidade feminina. Ela em absoluto não é a pessoa errada aqui. Não é culpa dela que acredite apaixonadamente em que está fazendo.

Eu não gosto muito de explorar estes assuntos, porque sempre aparece uma feminazista para encher o saco nos comentários, mas nesse caso elas tem razão: a falha é de um sistema patriarcal que faz com que as mulheres pensem que fizeram algo errado, quando expressam sua sexualidade.

Ademais é a falha de um sistema que usa o medo ou o rótulo de "impura" (no melhor dos casos) ou "vagabunda" (no pior) como uma arma, a fim de manter as cabras em seu curral. Quem nunca ouviu a máxima popular: - "Prendam suas cabritas, que o meu bode tá solto" para denotar que o homem tudo pode?

A sexualidade saudável não é conquistada forçando as mulheres a permanecerem "puras" para que seus pais tenham orgulho delas; é assegurada por permitir que as mulheres explorem abertamente a sua sexualidade sem condenar qualquer escolha que façam, seja para permanecer no celibato ou para passar o rodo na geral. Que mal tem? Como diz uma amiga: - "Lavou tá nova!" E nem é preciso um certificado para isso.

Fonte: BuzzFeed.