A Ocean Cleanup, o projeto internacional sem fins lucrativos com a missão de livrar os oceanos do plástico, confirmou que sua nova Barricada Interceptora já está operacional e capturando plástico no Rio Las Vacas, na Guatemala. Cerca de 856 mil toneladas de lixo, o equivalente a 256 caminhões, foram extraídos do rio pela empresa desde o final de abril. A barricada, conhecida como Interceptor 006, foi implantado no Rio Las Vacas como a solução para os tsunamis anuais de lixo que fluem de lá até alcançar o Mar do Caribe.

Infelizmente conhecida como a Grande Mancha de Lixo do Pacífico, uma ampla faixa de oceano entre a costa dos EUA e o Japão é um enorme vórtice de lixo. Um redemoinho, ou sistema de correntes, circunda a área e suga detritos e lixo em sua rotação, prendendo centenas de milhões de quilos de resíduos plásticos em seus 20 milhões de quilômetros quadrados. Em 2018, a Ocean Cleanup, fundada em 2013 pelo jovem inventor Boyan Slat, projetou um aparelho de movimento lento chamado System 001, projetado para percorrer a mancha para coletar lixo com uma rede enorme.

Na última semana, a Organização sem fins lucrativos Ocean Cleanup bateu o seu próprio recorde ao remover mais de 11 toneladas de plástico da Grande Mancha de Lixo do Pacífico com uma só extração. O vídeo, postado no perfil do X da organização, mostra imagens impressionantes do volume de lixo carregado pelo navio. A extração fez parte de uma expedição de duas viagens, que retirou mais de 55 toneladas da Grande Mancha, a sopa flutuante de resíduos de tamanhos variados com aproximadamente 1,6 milhão de km², equivalente a três vezes o tamanho da França e é um pouco maior que o estado do Amazonas.

Uma organização sem fins lucrativos está progredindo em direção ao seu objetivo de eliminar o plástico dos oceanos até 2040. Com sua última coleta da Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GMLP), a Ocean Cleanup já removeu mais de 220 toneladas de lixo do mar. É um feito impressionante que merece ser aplaudido, principalmente quando se percebe que todo o projeto começou graças a uma simples ideia de um adolescente. O inventor holandês Boyan Slat é o fundador e CEO da empresa. Agora com 28 anos, ele tinha apenas 16 quando se perguntou por que era tão difícil manter o plástico fora do oceano.

Boyan Slat, o fundador da ONG de limpeza global sem fins lucrativos Ocean Cleanup, decidiu definitivamente mostrar a cara ao mundo. Publicou um site corporativo e voltou a publicar vídeos no seu canal do Youtube. No mais recente, a bordo do Maersk Tender, ele mostra os objetos mais estranhos que foram recuperados na Grande Porção de Lixo do Pacífico durante a campanha de testes bem sucedidos do Sistema 002, realizada no último mês. Você vai notar que o problema é claramente de conscientização e educação dos humanos, da falta de ambos.

Fundada em 2013 pelo inventor de 18 anos (na época) Boyan Slat, a Ocean Cleanup é uma organização sem fins lucrativos que está trabalhando para limpar nossos oceanos removendo todo o plástico depositado nele. Após cinco anos de projeto e testes rigorosos, o aparato de limpeza da Cleanup, chamado System 001, foi implantado na costa da Califórnia. O aparato faz uma coleta passiva de acordo com correntes marítimas, aproveitando os padrões de movimento circular da água, chamados de giros, que fazem com que o lixo se acumule.

Livrar os oceanos do plástico do mundo requer uma ação mundial, é um problema de proporção global. E os YouTubers Mark Rober e MrBeast anunciaram sua campanha de arrecadação de fundos, TeamSeas para realizar um movimento dessa proporção. A campanha tem como objetivo motivar os criadores de mídia social global e fãs a criar conteúdo sobre a limpeza dos oceanos e direcionar suas comunidades para TeamSeas para contribuir com a iniciativa. Para cada dólar arrecadado, meio quilo de lixo será removido de rios, praias ou oceanos.

Ás vezes, falamos mal dos milênicos por puro conflito e incompatibilidade entre gerações. A verdade é que a minha, a sua e todas as gerações de jovens mereceram cada crítica ou cada elogio em seu tempo. Se hoje temos parte da geração que faz "birra" ao reclamar dos problemas ambientais, faz mise en scène em questões ecológicas e sociais e no fim do dia vai para a casa confortável de papai e mamãe tomar leite com pêra, existem também aqueles que tomam em suas mãos as rédeas dos problemas e fazem alguma coisa para domá-los. Este é o caso de Boyan Slat, 25 anos.

Desde que o mundo concordou com uma estrutura frágil para lidar com a mudança climática na década de 1990, os países ricos negam sua responsabilidade por causar o problema e cobram mudanças dos mais pobres enquanto não fazem absolutamente nada. O último relatório do IPCC gerou muito barulho por ser mais um alerta para o futuro da Terra. Ocorrendo apenas dois meses antes da COP26 em Glasgow, há esperança de que os governos finalmente ajam para reverter o curso do aumento das emissões de gases de efeito estufa, incluindo a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.

Boyan Slat, um inovador holandês de apenas 20 anos, propôs algo incomensurável: nada menos que limpar os oceanos de milhões de toneladas de lixo plástico que circulam por suas correntes. E julgando pelo apoio que vem recebendo depois de sua inovadora aproximação a este problema, existe a probabilidade de que tenha sucesso. As grandes correntes marinhas fazem com que coletar ou ao menos monitorar o lixo seja difícil, mas a Fundação Slat para a Limpeza do Oceano está desenvolvendo um método para usar essas correntes em seu benefício.