Mapa de conexões neuronais mostra que homens e mulheres têm habilidades diferentes

Quiseram-nos vender, inclusive forçar a achar, que a mulher deve estar em guerra contra o homem. Mas essas iniciativas têm muito de absurdo e pouco, muito pouco, de ciência. Escutamos vozes que gritam, clamam por uma denominada "igualdade de gênero", com base em uma ideologia -na verdade é um tsnunami de ignorâncias- que como vemos trouxe sérias, graves e até irreparáveis consequências na vida política e social do mundo atual.

E para piorar, uma ramificação desta ideologia, a da discriminação positiva (jura?) privilegiada para minorias, está se espalhando de maneira ditatorial com rotunda censura aos que a critiquem. Não é apenas porque seja má em si, senão por que é totalmente falsa minando o senso comum.

Qual é o objetivo de tornar iguais homens e mulheres? Nenhum, porque o verdadeiro valor está em que sendo iguais como pessoas humanas, nossas diferenças enaltecem, enriquecem. O valor de uma cultura, de uma sociedade, arraiga na diferença, especialmente se essa diferença é natural e não artificial, diferenças que demonstraram ao longo da história da humanidade seu valor para o desenvolvimento em todos os aspectos.

Nascemos com a estrutura de um cérebro tipicamente masculino ou tipicamente feminino (ainda que, às vezes, estes estejam invertidos) e nada muda isso, nenhuma construção social será capaz de fazê-lo. Trata-se de querer realizar uma revolução da humanidade oposta aos processos da Evolução biológica.

Homens e mulheres são evidentemente diferentes, e isto também é notório em como os cérebros funcionam

O estudo mais completo até a data foi realizado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, tomando em conta mais de mil tomografias computadorizadas. Os mapas de circuitos neurais revelaram que, em média, as mulheres têm uma maior conexão entre os hemisférios esquerdo e direito; os homens, ao contrário, têm tipicamente mais conexões entre as regiões frontais e posteriores.

Ragini Verma, parte da equipe de pesquisadores, assinalou que os resultados coincidem com alguns dos velhos estereótipos. Se relacionamos a cognição com uma base física neural, então as mulheres parecem estar melhor instaladas para as habilidades sociais -socialização- e têm melhor memória em geral; os homens, tendem para a percepção e os atos de coordenação. É o nosso cérebro que diz isso, não é uma maluca "achista", que assevera que não só o gênero é uma construção social, senão o sexo biológico também, jogando no lixo toda a nossa informação cromossômica. Definitivamente coisa de quem comeu bosta quente e saiu na chuva fria sem se agasalhar.

Mapa do cérebro de uma mulher

O mesmo estudo concluiu que, sendo o hemisfério direito relacionado ao pensamento lógico e o esquerdo ao pensamento intuitivo -não há consenso sobre esta divisão-, as mulheres poderiam estar melhor equipadas para uma tarefa que envolva ambas as coisas. As mulheres, ao que parece, são melhores escutando, recordando e envolvendo-se emocionalmente. Os homens são melhores para realizar tarefas que requerem coordenação física e controle motriz, já que têm mais conexões no cerebelo.

Um outro estudo, publicado pelo Journal of Alzheimer's Disease, chegou a resultados bem semelhantes, indicando que o cérebro feminino seria significativamente mais ativo nas duas regiões. Para chegar a esta conclusão, analisaram os dados de 46.034 estudos de tomografias cerebrais computadorizadas por emissão de fóton único. Nesta pesquisa, o grupo de voluntários era composto por 119 voluntários saudáveis 26.683 pacientes com diferentes condições cerebrais, como traumatismo craniano, esquizofrenia, transtorno bipolar, transtorno do estado de ânimo ou déficit de atenção por hiperatividade (TDAH), que em verdade nem é uma patologia.

Mapa do cérebro de um homem

Segundo os responsáveis, este tipo de estudo é muito importante para ajudar a entender as diferenças cerebrais baseadas no gênero. As diferenças quantificáveis identificadas entre homens e mulheres são importantes para compreender os riscos baseados no gênero para transtornos cerebrais como o Alzheimer. Utilizar ferramentas de neuroimagem é essencial para o desenvolvimento, no futuro, de tratamentos médicos de precisão para o cérebro.

Ou seja, mais que como uma "guerra dos sexos", uma concorrência, isto pode ser visto como uma complementaridade. De fato, o cérebro das mulheres complementa de maneira extraordinária o dos homens e o cérebro dos homens o das mulheres. Compreender as diferenças de gênero é importante porque os transtornos cerebrais afetam homens e mulheres de uma forma muito diferente e isto não vai ser conquistado tentando mudar a Biologia humana à força de bobagens sem sentido.

Fonte: SciAm.