O mini-canguru com braços de Tyrannosaurus rex é uma fofura

Todo mundo adora um conjunto de bracinhos desajeitados, e essa criaturinha representa o time Tyrannosaurus rex, com seus membros dianteiros atarracados abertos, prontos para um abraço. De fato, a Austrália não tem apenas cangurus e wallabies, mas também tem toda uma gama de versões em miniatura, chamadas de poturus e betongues. Ah, e tem o wallaru, que fica entre cangurus e wallabies, em termos de tamanho, só para complicar as coisas. O betongue-ruivo (Aepyprymnus rufescens) é encontrado na costa e no centro de Queensland, e até o nordeste de Nova Gales do Sul.

Ele é apelidado de rato-canguru, mas não deve ser confundido com o igualmente adorável rato-canguru da América do Norte. Estendendo-se por até 48 centímetros, é o maior de todos os potorídios, uma família que inclui betongues, poturus e apenas duas espécies de rato-canguru.

Na verdade, o betongue é tão singular que é o único membro de seu gênero, conhecido por sua pelagem densa e avermelhada e anéis de pele nua e rosada ao redor dos olhos.

Os betongues podem não ser capazes de fazer muito com seus bracinhos, exceto cavar, mas isso não os impede de construir ninhos de grama aconchegantes para abrigo durante o dia.

Em vez de carregar os materiais do ninho em suas patas ou boca, eles os carregam com suas caudas longas e preênseis para fazer um lar para si.

Com hábitos noturnos, os betongues gostam especialmente de trufas, o que os torna grandes amigos das florestas de eucalipto. As trufas que eles comem são os corpos portadores de esporos de fungos subterrâneos chamados ectomicorizas, que ficam perto das raízes dos eucaliptos e os ajudam a absorver os minerais do solo.

Isso significa que, quando os betongues desenterram e comem as trufas, eles dispersam os fungos em outros lugares, dando aos eucaliptos uma ajuda extra por onde passam.

Betongues estavam em perigo porque os colonos tomaram grande parte de seu habitat, e as raposas invasoras também mataram muitos deles. Estes pequenos marsupiais são percentualmente os animais que mais jogam os filhotes para fora do marsúpio quando são perseguidos por predadores.

Por sorte a espécie é prolífica. Uma vez que a fêmea atinge a maturidade, geralmente aos 11 meses, é capaz de procriar em intervalos de três semanas. A gestação dos jovens é de cerca de 22 a 24 dias. Depois que os filhotes nascem, eles vivem dentro da bolsa por cerca de 16 semanas. Ao sair da bolsa, o joey fica perto da mãe por cerca de 7 semanas, enquanto se acostuma a se defender sozinho.

Embora seu alcance seja reduzido, a população é saudável e estável. Por essas e outras o estado de conservação do betongue-ruivo é considerado "pouco preocupante" pela lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza.