John logo descobriu que o celuloide não podia resolver o problema da bola de bilhar. O material não era pesado o suficiente e não quicava direito, mas podia ser pintado e padronizado para imitar materiais mais caros, como coral, casco de tartaruga, âmbar e madrepérola.
Ele havia criado o que ficou conhecido como o primeiro plástico. A palavra "plástico" pode descrever qualquer material feito de polímeros, que são apenas moléculas grandes que consistem da mesma subunidade repetida. Isso inclui todos os plásticos feitos pelo homem, bem como muitos materiais encontrados em seres vivos.
Mas, em geral, quando as pessoas se referem a plásticos, elas se referem a materiais sintéticos. A característica que os unem é que eles começam macios e maleáveis e podem ser moldados em uma forma específica. Apesar de levar o prêmio como o primeiro plástico oficial, o celuloide era altamente inflamável, o que tornava a produção arriscada.
Então, os inventores começaram a buscar alternativas. Em 1907, um químico combinou fenol, produto residual do alcatrão de hulha, e formaldeído, criando um novo polímero resistente chamado baquelite. O baquelite era muito menos inflamável do que o celuloide, e as matérias-primas usadas para sua fabricação estavam mais prontamente disponíveis.
O baquelite foi apenas o começo. Na década de 1920, pesquisadores, pela primeira vez, desenvolveram comercialmente o poliestireno, um plástico esponjoso usado em materiais isolantes. Logo depois, veio o policloreto de vinila, ou vinil, que era flexível, mas resistente. Os acrílicos criaram painéis transparentes à prova de estilhaçamento que imitavam vidro.
Na década de 1930, o náilon assumiu o centro das atenções: um polímero projetado para imitar a seda, mas muito mais resistente. A partir de 1933, o polietileno se tornou um dos plásticos mais versáteis, ainda hoje usado para fazer tudo, desde sacolas de compras, frascos de xampu até coletes à prova de balas.
Novas tecnologias de fabricação acompanharam essa explosão de materiais. A invenção de uma técnica chamada moldagem por injeção possibilitou a inserção de plásticos derretidos em moldes de qualquer formato, onde endureciam rapidamente. Isso criou possibilidades para produtos em novas variedades e formatos e uma maneira econômica e rápida de produzir plásticos em grande escala.
Os cientistas esperavam que esse novo material econômico tornasse acessíveis para mais pessoas itens que eram antes inacessíveis. Em vez disso, o plástico foi utilizado na Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, a produção de plástico nos Estados Unidos quadruplicou. Soldados usavam forros novos de plástico para os capacetes e capas de chuva feitas de vinil e resistentes à água.
Pilotos se sentavam em cockpits feitos de plexiglas, plástico à prova de estilhaçamento, e contavam com paraquedas feitos de náilon resistente. Posteriormente, empresas fabricantes de plástico que surgiram durante a guerra voltaram sua atenção para produtos de consumo. O plástico começou a substituir outros materiais, como madeira, vidro e tecido, em móveis, roupas, calçados, televisores e rádios.
Plásticos versáteis abriram possibilidades para embalagens, projetadas principalmente para manter alimentos e outros produtos frescos por mais tempo. De repente, havia sacos plásticos de lixo, filme plástico de PVC esticável, garrafas plásticas espremíveis, caixas de papelão para viagem e recipientes plásticos para frutas, verduras e carne.
Em apenas algumas décadas, esse material multifacetado deu início ao que ficou conhecido como o "século dos plásticos". Embora o século dos plásticos tenha trazido conveniência e economia, também criou problemas ambientais impressionantes. Muitos plásticos são feitos de recursos não renováveis, e a embalagem plástica foi projetada para ser descartável, mas alguns plásticos levam séculos para se decompor, criando um acúmulo enorme de lixo.
Em 2022, um estudo publicado na Environment International encontrou microplásticos no sangue de 17 de 22 doadores anônimos, ou cerca de 77%. O estudo descobriu que os microplásticos incluíam: plástico PET, poliestireno e polietileno. Microplásticos também foram encontrados em outras partes do corpo, incluindo, pulmões, placentas, testículos, medula óssea, urina, sêmen e leite materno.
A ciência sobre como os microplásticos afetam o corpo ainda não está clara. O diretor médico da Associação Americana do Pulmão diz que é importante entender por quanto tempo as pessoas são expostas aos microplásticos e se eles causam uma resposta imunológica ou outros problemas.
Neste século, teremos que concentrar nossas inovações no tratamento desses problemas, reduzindo o uso do plástico, desenvolvendo plásticos biodegradáveis e encontrando novas maneiras de reciclar o plástico existente.
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