O Nepal concedeu um número recorde de licenças para escalar o Monte Everest nesta temporada, apesar das críticas sobre os engarrafamentos na chamada "zona da morte" nos últimos anos. Até agora, o Departamento de Turismo do Nepal aprovou 512 autorizações para a atual temporada de escalada, que vai de março ao começo de abril. Isso excede em muito as 409 licenças concedidas em 2021, quando o recorde anterior foi estabelecido. O Nepal é um dos países mais pobres do mundo, e a receita da escalada do Everest é uma parte importante de seu planejamento fiscal.

Desde que Edmund Hillary e Tenzing Norgay conquistaram o cume da montanha mais alta do mundo em 1953, 220 pessoas morreram na tentativa. A verdade é que houve uma época que escalar o Everest era uma façanha realizada por poucos humanos da face da Terra, mas na atualidade, mais de 700 pessoas se acotovelam a cada semana do mês de maio (melhor época para a escalada), para que uma equipe de Xerpas lhes leve em caravanas até o cume.

Imagens assustadoras. O alpinista alemão Jost Kobusch subiu um vídeo para o YouTube da avalanche de neve no Campo Base do Everest, provocada pelo terremoto que assolou o Nepal no último sábado, e as imagens já acumulam mais de 15 milhões de reproduções. Quando se deu conta da avalanche, Kobusch corre e diz a um colega que se agarre em alguma coisa para não ser arrastado pelos fortes ventos provocados pelo deslizamento.

Xia Boyu, de 69 anos, tornou-se recentemente o mais velho amputado a conquistar o Monte Everest. Isso por si só é uma conquista incrível, mas ainda mais impressionante é o fato de que ele fez em sua quinta tentativa, a primeira das quais lhe causou a perda de ambos os pés como resultado de severas queimaduras. Anteriormente, Xia tentou chegar ao topo do Monte Everest em 1975, como parte de uma expedição apoiada pelo governo chinês. Com apenas 250 metros para chegar ao topo, o time ficou preso pelo mau tempo, que perdurou dois dias e três noites.

Os serviços de guia de escalada do Everest, muitas vezes prestados por pessoas do grupo étnico sherpa, podem custar quase 50 mil reais por expedição. A esse preço, o guia assume a responsabilidade pela vida dos escaladores e também pela sua própria. Eles conduzem os montanhistas ao topo do mundo, transportando cargas pesadas e prestando serviços de emergência. Este é um dos trabalhos mais perigosos do planeta e eu seria capaz de apostar que você não arriscaria sua vida por 50 mil.

Mais de 330 pessoas morreram tentando chegar ao cume do Monte Everest que, a 8.848,86 metros, é a montanha mais alta da Terra e um pico particularmente desejável para montanhistas. Os anos mais recentes sem mortes conhecidos na montanha são 1977, em que apenas duas pessoas chegaram ao cume, e 2020, quando as licenças foram suspensas pelo Nepal por causa da pandemia de covid-19. As mortes foram atribuídas a avalanches, quedas, colapso de serac, exposição, congelamento ou problemas de saúde relacionados às condições da montanha. Nem todos os corpos foram localizados, portanto os detalhes sobre essas mortes não estão disponíveis.

Maria Strydom, professora de economia da Universidade de Monash, e seu marido, Robert Gropel, um veterinário no Hospital Veterinário Ivanhoe, em Victoria, na Austrália, eram ativistas veganos apaixonados. Eles embarcaram na viagem ao Everest para desafiar os estereótipos da dieta, segundo relata o Sydney Morning Herald. Durante os últimos oito anos, eles subiram com sucesso o Denali, no Alasca, o Aconcágua, na Argentina, o Ararat, na Turquia e o Kilimanjaro, na África.

Muito provavelmente você respondeu o Monte Everest, no Himalaia. Ocorre uma circunstância muito curiosa de que não é. Na verdade este ponto fica no Chimborazo, um vulcão inativo localizado na Cordilheira dos Andes, no Equador, com uma altitude máxima de 6.267 metros. O que torna Chimborazo tão especial, além de ser o local mais alto do Equador, é que seu pico é o ponto da superfície terrestre mais afastado do centro da Terra. Isso se deve à localização do estratovulcão ao longo da protuberância equatorial do planeta.

No ano passado publicamos algumas fotos nas Imagens da Semana que mostravam alguns engarrafamentos para subir o Everest. O pico continua matando pessoas, mas muitas pessoas se candidatam a enfrentar o desafio. O caso é que na atualidade muitos jovens estão trocando a vida agitada da balada na praia e estão procurando as montanhas, que também tem boas baladas, mas com o acréscimo de lugares naturais que supões alguma espéci de desafio, como uma boa caminhada ou escalada ou ainda, entre as duas, uma boa escalaminhada e, se der sorte, ainda poderá ver um animal em seu habitat.

A história de um soldado veterano nepalês prova que nenhum obstáculo pode detê-lo se você tiver determinação suficiente. Hari Budha Magar, membro do regimento Gurca do exército britânico, perdeu as pernas em uma explosão de dispositivo explosivo improvisado no Afeganistão em 2010. Depois de lutar contra a depressão e o alcoolismo, ele encontrou consolo em atividades como esqui e escalada. Ele então esperava inspirar outras pessoas e mudar suas percepções sobre a deficiência. Hari fixou sua mente em um objetivo considerável: alcançar o cume do Monte Everest.